Pandemia: com flexibilização do isolamento social, Vasco da Gama se prepara para voltar aos campos
Por Igor Peixoto
Durante a pandemia por conta do Covid-19, o Vasco da Gama teve seu noticiário bem agitado. Para começarmos , vamos falar sobre a mudança no comando do time cruz-maltino, o técnico Abel Braga deixou o clube após três meses e com inúmeros problemas financeiros.
A direção do clube não conseguiu atrair nenhum treinador disponível no mercado, então o escolhido foi Ramon Menezes, ex-jogador e cumpria cargo de auxiliar técnico de clube.
A diretoria decidiu por Ramon por ter grande experiência no clube, por ser um técnico barato em relação ao mercado e por já conhecer os jogadores e ter a chance de usar bastante as categorias de base do clube, já que o clube não teria força suficiente para contratar jogadores com graves problemas financeiros.
Em relação ao mercado de jogadores, o Vasco não teve contratações durante essa pausa, mas perdeu um de seus principais destaques. O clube vendeu o ataque Marrony para o Atlético Mineiro, uma perda importante para os planos do time do técnico Ramon, mas um pouco de alívio para os cofres do clube, com o dinheiro da venda, a diretoria pagou folhas salarias atrasadas de jogadores e funcionários do clube. Mas, tanto os jogadores, quanto os funcionários seguem com débitos com a diretoria cruz-maltina.
Outra notícia ruim que tomou conta dos noticiários em relação ao clube de São Januário, foi a notícia que a diretoria demitiu mais 50 funcionários, visando uma economia de mais de 50% na folha salarial e outros funcionários que não foram demitidos tiveram um redução de salário, tudo em função da crise econômica que os clubes tiveram durante essa paralisação.
Com seu presidente, Alexandre Campello, o Vasco sempre lutou para a retomada do futebol e marcou a representação de seus jogadores para o dia 1° de julho e uma notícia chamou bastante atenção, o elenco cruz-maltino contava com 16 atletas infectados pelo novo coronavírus, 3 já tinham sido infectados, mas já haviam se recuperado. O clube fez 350 testes em atletas e funcionários no sistema “drive-thru”, onde o teste é realizado dentro do carro.
Na medida que o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, ia fazendo planos para a flexibilização gradual da quarentena, o Campello tomou a frente junto com a diretoria do Flamengo para a retomada do estadual.
Houveram inúmeras conversas dos dirigentes cariocas com autoridades do Rio e até uma reunião com o Presidente da República Jair Bolsonaro, que tem era a favor da volta do futebol, mesmo com a pandemia não controlada e com hospital de campanha ao lado do Maracanã, dirigentes dos dois clubes agilizavam a volta do campeonato carioca e contava com o apoio da federação carioca de futebol.
Com o Crivella liberando jogos com os portões fechados e a pressão de Vasco e Flamengo para a volta do estadual, a Federação Carioca de Futebol, a FERJ, decidiu por voltar com o campeonato carioca e marcou jogos mesmo com os outros dois grandes cariocas, (Botafogo e Fluminense) sendo contrários a volta precoce do estadual.
O Vasco teve sua volta aos campos agendada para dia 21 de julho contra a equipe do Macaé, mas horas antes do duelo o jogo foi adiado por confusões nos decretos do prefeito Crivella, onde primeiro ele suspendeu atividades esportivas na cidade do Rio e depois um novo decreto surgiu, que indicava que tais medidas só estava valendo para os jogos de Fluminense e Botafogo.
Após essa confusão, o Vasco voltou à campo, na estreia do técnico Ramon Menezes, e derrotou o Macaé por 3 a 1, com hat-trick de German Cano.